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24/09/2019

Edital Diversidade foi encerrado com grande festa



No último dia 20 de setembro, aconteceu a culminância do Edital Diversidade. Uma grande festa reuniu as equipes dos oito projetos realizados, técnicos, professores, alunos e familiares para conhecer os resultados das ações e comemorar o respeito entre as pessoas.

“A gente vive hoje um momento muito difícil, quando os direitos humanos estão sendo atacados de forma feroz. A gente tem hoje um governo descaradamente homofóbico, que promove constantemente ataques à população LGBTQI+. Por isso, iniciativas que busquem fortalecer a defesa desses direitos são muito importantes”, disse Guthiêrre Araújo, coordenador geral do Sinasefe Sergipe.

“As instituições de ensino tem um papel importantíssimo na luta contra os preconceitos, na criação de espaços empáticos para que as pessoas possam se desenvolver dignamente”, completou Guthiêrre.

“A nossa intenção foi dizer que, na diversidade, existe a manifestação do que é social, e não do estranho ou que mereça nossa indiferença. Entre atividades lúdicas e discussões sérias, conseguimos discutir o respeito ao próximo”, disse Adelson Fonseca, coordenador do projeto ‘Respeito à Diversidade de Gênero e Sexualidade’, que aconteceu no IFS Campus Socorro.

“A iniciativa do Sinasefe Sergipe foi extremamente importante. Quero agradecer ao sindicato e torcer que estas iniciativas se perpetuem, que tenhamos mais oportunidades de discutir estes e outros temas tão importantes para manter nossa esperança de que as coisas podem melhorar”, disse Tiago Barbosa da Silva, coordenador do projeto ‘Mostra Cine-Literária da Diversidade e dos Direitos Humanos’, que aconteceu no IFS Campus Estância.

“É muito importante levar esse debate para dentro da escola. Tivemos a participação de alunos, professores e técnicos, o que tornou tudo muito mais rico e grandioso”, disse José Robson Ferreira Dantas, coordenador substituto do projeto ‘Cine Diversidade’, desenvolvido no IFS Campus Lagarto.

“A motivação de se tratar este tema não é por curiosidade, não por questões acadêmicas ou de pesquisa. É questão de sensibilidade, de empatia. A situação está extremamente difícil, estão matando as minorias. E a que sofre mais, não só com a morte, mas com a ridicularização e exclusão é a comunidade LGBT. A gente precisa trabalhar com respeito, enxergando o outro de verdade”, disse Elza Ferreira Santos, coordenadora do projeto ‘As empresas já saíram do armário? Desafios e perspectivas para a comunidade LGBT no mundo do trabalho’, realizado no IFS Campus São Cristóvão.

“É importante gerar essas discussões nos nossos espaços de atuação, casa, trabalho, estudo. Nosso projeto foi ainda mais valioso porque foi uma demanda criada pelos próprios alunos. Isso deu muito mais sentido e importância para a realização de nossas ações”, disse Klécio Barbosa da Silva Assis, membro da equipe do projeto ‘Diversidade sexual e de gênero: que universo é esse”, executado no IFS Campus Glória.

“Os verdadeiros autores do projeto foram os alunos. Nós demos o suporte, a facilitação, mas eles que desenvolveram tudo: o roteiro, a ambientação, os personagens, as cores, o texto, tudo na criação de uma história em quadrinhos. A proposta foi trazida pelos próprios alunos para que a criação da história fosse a partir de seus discursos e de suas próprias vivências. A revista está disponível no perfil no Instagram @artepeladiversidade”, disse Guthiêrre, que compôs a equipe do projeto ‘Arte pela Diversidade’, que aconteceu no IFS Campus Aracaju.

O Edital Diversidade foi aberto também para instituições externas e dois projetos foram aprovados. “Quero agradecer ao Sinasefe Sergipe pela transformação que está fazendo dentro do IFS. Apesar de algumas dificuldades técnicas, conseguimos levar nossa discussão a três campi, estimulando a conversa nos diversos ambientes de vida, como família, escola e trabalho”, disse Jorge da Silva Júnior, coordenador do projeto ‘Respeito à diversidade de gênero e à diversidade sexual dentro do ambiente escolar’ e membro do Coletivo Quilombo.

“Nesse momento, a gente precisa resistir para existir. Fizemos roda de conversa, oficina de trabalhos manuais, atividades lúdicas para estimular e incentivar às pessoas para resistirem pela vida”, disse Linda Brasil, coordenadora projeto ‘Vivência CasAmor: resistir e existir’ e presidenta da CasAmor, um espaço sem fins lucrativos que busca abrigar e amparar pessoas LGBTQI+ sem lar e em situação de vulnerabilidade.

A noite foi encerrada com o pocket show de Trava Nagô, um grupo de rap, hip hop e funk, composto por três travestis: Quésia Sonza, Stella Carvalho e Pérola Lavinny. Elas usam a música como forma de existência e resistência.


 


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