Neste sábado, 08 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que nos convida a refletir sobre a força e a importância da mulher em nossa sociedade. Este dia não apenas homenageia as conquistas femininas, mas traz à tona a dura realidade que nós, mulheres, enfrentamos diariamente, incluindo os diversos tipos de violência, misoginia e opressões.
O Sinasefe Sergipe segue levantando a bandeira em prol do respeito e da liberdade de sermos quem somos, reivindicando nosso direito de ocupar qualquer espaço na sociedade. Dentro do nosso sindicato, reconhecemos a relevância da presença feminina em nossas lutas.
Com isso, perguntamos a algumas de nossas filiadas “Qual a importância da participação da mulher na luta sindical?”. Confira os depoimentos:
Jeane Gomes - Campus Itabaiana:
Uma experiência incrível! São inúmeras as barreiras que precisamos enfrentar, e muitas delas são veladas, o que torna o desafio ainda maior.
Mas a satisfação de fazer alguma diferença nesse meio, sem dúvida, nos fortalece e nos empodera dia após dia.
Iara Vasco - Campus Tobias Barreto:
A participação das mulheres na luta sindical é um pilar essencial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Nós buscamos ocupar um espaço de protagonismo, desafiamos as estruturas de poder, rompemos barreiras e resistimos há séculos de desigualdades. Nós, que somos tantas, e ser sindicalistas é mais uma das nossas facetas. Não romantizo o lugar da luta, mas é na luta que somos resistência constante contra o machismo, o assédio e a exploração. Nós, na luta sindical mostramos, todos os dias, que nossa força não está apenas em nossa capacidade de resistir, mas na habilidade de transformar o mundo com força e sensibilidade.
Somos exemplo de que, quando as mulheres se unem por seus direitos, a mudança é inevitável.
Seja uma mulher sindicalista.
Cintia Teles - Campus Lagarto:
Sem a presença das mulheres na luta sindical, perde-se a diversidade de ideias. A participação feminina é essencial para ampliar perspectivas e construir um futuro mais justo. A mudança só acontece quando todas as vozes são ouvidas!
Débora Lima - Campus Lagarto (Coordenadora Geral Sinasefe Sergipe 2016-2019):
Apesar das dificuldades que a mulher trabalhadora encontra com sua dupla jornada de trabalho, se considerarmos o trabalho doméstico e cuidado com os filhos que muitas vezes é exclusivo dela na casa, as mulheres historicamente tiveram papel de grande importância nas lutas proletárias, papel normalmente pouco divulgado e até registrado.
Podemos ver, por exemplo, ainda na década de 70 no Brasil com a organização das mulheres metalúrgicas que fizeram o primeiro congresso de mulheres trabalhadoras para debater as pautas específicas relativas a condição de ser mulher no ambiente industrial.
Dialogando com o crescimento do movimento feminista, o papel da mulher durante esses últimos anos nos espaços deliberativos tem aumentado consideravelmente, porém ainda muito aquém do necessário e por muitas vezes os companheiros homens (e infelizmente algumas mulheres) silenciam e reproduzem praticas machistas dentro dos espaços sindicais. Mudar uma cultura tão antiga é difícil e requer muita luta e esforço tanto pessoais como estruturais e organizativos.
Karen Gomes – Campus Aracaju:
A importância da luta sindical está na garantia dos direitos já conquistados e na luta por mais garantias legais para a nossa saúde, bem-estar e reconhecimento no trabalho, com recompensas justas e segurança social. E para nós, mulheres, isso é ainda mais importante, tendo em vista que a nossa caminhada é infelizmente mais longa e penosa que a dos homens trabalhadores.
Jessica Gonçalves – Campus Glória:
A participação da mulher na luta sindical é de extrema importância para a equidade de gênero.
Quando nos envolvemos no movimento sindical, temos uma voz ativa em decisões políticas, econômicas e sociais o que nos empodera. Ressalto que a participação das mulheres trazem para o debate sindical inovações nas pautas de luta, com questões que apenas as mulheres tem lugar de fala (como questões ligadas a licença-maternidade, saúde reprodutiva, tarefas domésticas e de cuidados).
Nossa participação no sindicato amplia as pautas de luta, tornando-as mais inclusivos e abrangentes. Fomos excluídas desta esfera de poder por anos mas, hoje cada vez mais devemos ocupar estes espaços para garantir nossa representatividade na luta pela igualdade do direitos.